terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz Natal!






Todos dizem "o natal é “..... ( … )"; no natal não devíamos... (...) ... mas sim devíamos era lembrarmo-nos da sua verdadeira razão.



O assustador é que quase todos somos capazes de reconhecer isso e de o dizer....mas quantos são os que no dia 25 se lembram DELE?! Quantos são os que LHE dedicam esse dia festivo e tudo o que prepararam?! Poucos..... muito poucos!


Quantos LHE fecham a porta no seu próprio dia?! Quantos nem sequer se lembram DELE e não transmitem aos mais novos as verdadeiras razões de tanta festa?! Muitos....


No nosso dia de anos fazem-nos uma festa, preparam-nos iguarias, dão-nos presentes.....e no dia DELE?! Como ficaríamos se no nosso aniversário nos preparassem uma mega festa e depois se esquecessem de nos convidar?! E se todos trocassem presentes e para nós não houvesse nenhum...?!

.....Não gostaríamos pois não?! Então porque LHE fazemos isso?!




BOM NATAL a todos e não O esqueçam!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Aleivosia!




Sorri, mesmo quando a dor te torturar;
E a saudade atormentar;
Os teus dias tristonhos e vazios.

Sorri, mesmo quando tudo terminar;
E quando nada mais restar;
Do teu sonho encantador.

Sorri, mesmo quando o sol perder a luz;
E sentires o peso de uma cruz;
Nos teus ombros cansados e doridos.
Sorri, mesmo quando a injuria te trouxer atormentado;
Porque o injuriador ao saber que tu sorris;
Poderá ver e não supor;
Que afinal não és falhado, mas sim feliz.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 - Lisboa, 30 de Novembro de 1935)





Nos 75 anos da sua morte,
aqui fica a homenagem
ao grande homem e ao Poeta que mais admiro.



Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes,

mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar

um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo
dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um 'não'.

É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.



Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia
vou construir um castelo...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mágoa!




Vivemos dias em que sofremos mais por causa das pessoas do que por causa das circunstâncias. As pessoas fazem-nos chorar mais do que as dificuldades da vida. Mesmo nas igrejas, vemos a raiz da amargura a crescer a cada dia. Não é fácil prescrever remédios mas a recomendação será que abramos o nosso coração para Deus e esforcemo-nos para romper todas essas dificuldades, com oração e vida no altar do Senhor.
Um dia li uma citação de um Pastor, o Pastor Hernandes Dias Lopes disse: “O resultado da doença das relações humanas é a mágoa”. Esse sentimento de amargura instala-se no chão do coração e lança profundas raízes que trazem perturbações para a alma e contaminação para nós e para os que vivem ao nosso redor. A mágoa é a ira congelada, é o armazenamento dos ressentimentos, é o entulhar do coração com rancor, é o afogar no lodo do ódio, é o viver prisioneiro nas armadilhas da vingança.
A mágoa é uma prisão. É o carcereiro da alma, calabouço das emoções, masmorra escura onde os seus prisioneiros são atormentados pelos verdugos da consciência. Quem se alimenta da mágoa não tem paz, e sem paz não há liberdade, não há alegria e subsequentemente não conhece o amor.
A mágoa é auto-destrutiva. Ferimo-nos a nós mesmos quando alimentamos mágoa por alguém. Guardar mágoa no coração é como beber veneno pensando que o outro é quem vai morrer. Quem guarda a mágoa no coração vive amarrado pelas grossas correntes da culpa. Quem vive nessa masmorra adoece emocional, física e espiritualmente e há muitas pessoas doentes porque se recusaram a perdoar. Na igreja de Corinto havia muitas pessoas fracas, outras doentes e algumas que já estavam mortas em virtude de relacionamentos doentios (1 Co 11.3). Tiago ordena aos crentes a confessarem os seus pecados uns aos outros para serem curados (Tg 5.16). Há muitas pessoas a viverem cativas no calabouço do diabo, prisioneiras do ódio, acorrentadas pela mágoa, cuja vida espiritual está arruinada. Gente que precisa de ser libertada dessa prisão existencial, desse cativeiro espiritual.
O salmista Davi Orou pedindo a Deus para tirar a sua alma do cárcere (Sl. 142.7). A chave que abre a porta dessa masmorra é o perdão. O perdão traz cura onde a mágoa gerou doença. O perdão traz reconciliação onde a mágoa gerou afastamento. O perdão traz alegria, onde a mágoa produziu tristeza e dor. O perdão restitui aquilo que a mágoa roubou. O perdão é a limpeza da mente e a limpeza dos porões do coração. Perdoar é saldar a conta. É nunca mais lançar no rosto da pessoa a sua dívida. Perdoar é lembrar sem sentir dor. Perdoar é não retaliar. É pagar o mal com o bem. É abençoar aqueles que nos amaldiçoaram. É fazer o bem àqueles que nos fizeram o mal. Perdoar é tomar como exemplo a vida de Jesus, pois ele não retribuiu o mal com o mal, antes por seus opressores intercedeu.
A Palavra de Deus liberta: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32).
Jesus Cristo liberta: Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (Jo 8.36).
É hora de sair da prisão que prende a nossa alma com as grossas algemas da mágoa. É hora de experimentar a liberdade do perdão. É hora de tomar posse da vida abundante que Jesus oferece!
Aproveitemos por tudo isto neste dia que se chama HOJE, para reflectirmos sobre as nossas vidas e repensá-las. Será que, todos nós não temos vivido presos em algum ressentimento, mágoa, rancor ou ódio? A falta de perdão, faz-nos ligados aos nossos ofensores e só o perdão unilateral solta estas correntes.
Que Deus me ajude, lhe ajude, a saber perdoar, sempre.
Com votos de total libertação em Cristo, Deus abençoe a todos hoje e sempre.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Impossibilidades!




Graça e paz!

Há um amor, um raiar de sol no meu horizonte,

há um coração que ao ler-te acelera contente.

Ah, se eu pudesse…

Há um anseio que percorre os meus lábios
imaginando-se nos teus,

perdido a sentir o calor
da pele do teu rosto.

Há um desejo que me encanta
em cada centímetro do meu ser.

Ah, se me devorasses com os teus olhos
apenas para atiçar o brilho dos meus!

Se te pudesse tocar, tocar-te-ia
como a onda toca a areia,

de leve, de leve, sussurrando um mar em ti,

fazendo sentir-te enrolada em mim.

Se te pudesse beijar, beijar-te-ia
como a Lua beija o Sol,

num eclipse de delírios, abraços e confissões,

à meia luz de um encontro no infinito.

Se eu pudesse, faria-me leito
para o teu descanso,

se fosses rio, seria remanso
e nas curvas do meu corpo,

deixarias o teu fluir livre
a desaguar o amar.

Se eu pudesse…

Tornaria-me vento, uma estrada,
um girassol da noite ao relento,

esqueceria os riscos e rabiscos da vida,
esqueceria o silêncio,

mesmo que fosse por uma fracção de um momento,

para encontrar a plenitude do amor sem dor

e fazer-me recordação eterna de um doce sentir.

Quem me dera, quem me dera…

Há, se eu pudesse…


Deus Abençoe a todos hoje e sempre!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Rosas brancas!




Queria ser o vento que vem do norte.

Queria desarrumar os teus cabelos,

Expor teus segredos,

Levar teus medos ...

Ah, como eu queria ser ...!

Queria ser rosa branca de um jardim celestial,

Desabrochar de madrugada, soltar puras pétalas,

Exalar suave perfume e,

Ouvir teus arrebatados queixumes ...

Ah, como eu queria ser ...!

Queria ser o casulo, que o mistério da vida oculta,

Explodir em magnífica borboleta,

E, levar-te em asas coloridas,

Para o éden dos meus desejos ...

Ah, como eu queria ser ...!

Queria ser a ponte sobre o rio de tuas lágrimas...

Ser o barco que singra esse rio,

Transportar-te para a margem segura do meu coração...

Secar os teus olhos com meus beijos...

Ah, como eu queria ser ...!

Queria ser um caminhante,

Seguir teus passos toda vida,

Calcar os espinhos do caminho,

Para ter o teu amor... o teu carinho...

Ah, como eu queria ser ...!

Queria ser a água bendita,

Quando o sol abrasante da dor,

Os teus sentidos turvar,

E, tua boca ressequida, por ela ansiar...

Ah, como eu queria ser ...!

Queria ser o oásis onde buscasses refrigério

Quando teu corpo, cansado de vagar,

Pelo deserto da solidão,

Ansiasse pela brisa refrescante,

De um amor perene sempre alimentado com Rosas Brancas!



Que Deus te Abençoe!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Coisas pequenas e subtis




A Todos saúdo com Graça E Paz!


Eclesiastes 8 – 12: Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, contudo eu sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante dele.

Onde pára a felicidade? Noto, todos corremos atrás dela, estranhamente parece que ninguém a encontra. Será apenas privilégio de uns poucos afortunados? Onde será que ela se esconde? E qual o segredo de quem consegue encontrá-la? Na verdade, não deveria ser tão difícil. Acho que o problema reside em nós, é que nós fugimos dela. Corremos com tudo o que nos dá um prazer genuíno.

Fomos criados a ouvir que o mundo é um vale de lágrimas e que tudo o que é bom exige muito sacrifício, até ser pai é padecer no paraíso. Ou seja, que a tristeza, ao contrário da felicidade, não tem fim. Por isso, quando encontramos a felicidade, talvez não saibamos lidar com ela. Fugimos, ou tomamos quaisquer outros procedimentos para estragar-mos tudo. Repetimos erros, porque não acreditamos que podemos viver felizes. Somos ensinados na busca constante do algo mais e assim não nos permitirmos usufruir do prazer que obtemos das pequenas coisas quotidianas e da felicidade que se nos apresenta de forma subtil. Inventamos novos equipamentos e coisas, novas aspirações, novos desejos, novos medos, novas complicações, só para continuarmos eternos insatisfeitos, infelizes, ansiosos, lamentando a tal felicidade que nunca alcançamos. Simplesmente porque acreditamos que não merecemos, que não somos dignos, que não podemos tê-la tão facilmente. Sim, merecemos ter felicidade. Aqui, agora, neste mundo. E não a felicidade efémera e enganosa contida em consumismos e coisas fúteis. O mundo não é um vale de lágrimas. Há dificuldades, problemas, mas não só isso. Viemos para cá para sermos felizes, para aproveitarmos as belezas que estão ao nosso alcance, para convivermos com as pessoas maravilhosas que habitam ao nosso redor. Não temos que nos culpar por algo que nem sabemos o que é.

A felicidade só pode ser alcançada se estivermos abertos para ela e se dela nos julgarmos merecedores. E todos nós somos.

Ser Feliz está nas nossas mãos.

Deus Abençoe a todos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mar de ilusões!




Graça e Paz


Salmos -106; 15) E ele lhes cumpriu o seu desejo, mas enviou magreza às suas almas.


Quem são os Narcisos de hoje?


Na mitologia grega, Narciso era um jovem bonito e vaidoso.

Um dia, Narciso curvou-se para beber água numa fonte e vendo a sua própria face reflectida na água, enamorou-se dela.

A lenda conta-nos que ele foi definhando, dia após dia, sem se alimentar, sem descansar, encantado pelo reflexo de sua própria imagem na superfície da água, até morrer.

Foi Sigmund Freud que acrescentou o termo “narcisismo” ao vocabulário da psicologia para designar amor à própria imagem.

O termo contemplava também a etapa do desenvolvimento na qual a crênça faz do próprio eu o objecto principal de seu amor.

Segundo o manual americano de diagnóstico de distúrbios mentais, narcisistas são indivíduos arrogantes e convencidos, que têm fantasias magníficas sobre eles mesmos. Eles estimam acima de tudo os seus sucessos, precisam constantemente de ser admirados e estão sempre à espera de tratamento especial e preferencial.

Os narcisistas estão convencidos de que merecem mais do que recebem. Preocupam-se em ter boa aparência e em se manterem jovens. Não são sensíveis às necessidades e aos problemas dos outros. Tem pouca tolerância para com a crítica e frequentemente reagem com fúria a ofensas reais ou imaginárias. Em suma, os narcisistas focalizam-se a si mesmos, fascinados com a sua personalidade e com o seu corpo. “Com um individualismo atroz que carece de valores morais e sociais e desinteressam-se por qualquer questão transcendental”.

Percebe-se que o distúrbio em questão é bastante sério e comum de se encontrar nos dias de hoje.

Vivemos dias em que cultivamos o narcisismo, seja na esfera individual, colectiva e dos grandes média. A verdade é que muitos dos valores do mundo contemporâneo não passam de consequências de um narcisismo disfarçado de “bem-estar”, de “saúde”, de “prazer”.

Desta forma parece urgente a todo o cidadão do mundo, mas principalmente a nós Cristãos, fazer uma revisão a todos os valores que temos, em todas as coisas a que damos importância e em que aplicamos as nossas energias.

Nas adolescentes anoréxicas; no exibicionismo de corpos esculturais na televisão; nas cirurgias plásticas excessivas; nos espectadores que compram quaisquer novas ideias impostas pelos média, percebemos o narcisismo reinante.

Talvez seja necessário relembrar as consequências do comportamento de Narciso. Iludidos pela imagem do corpo, pela superficialidade dos valores do mundo, não só o corpo, mas sobretudo a alma vai acabar definhada, perdendo-se num mar de ilusões passageiras.

Quem são os seus "Narcisos"?

Isaías – 10; 18) Também consumirá a glória da sua floresta, e do seu campo fértil, desde a alma até à carne, e será como quando desmaia o porta-bandeira.

Deus abençoe a Todos

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SEM PALAVRAS


A todos saudo com Graça e Paz.




Não sou de muitas palavras
Nunca fui!
Existe em mim uma necessidade de silêncio
Premente
E limito-me a dizer o insondável
O extremamente necessário
O urgente ... o aflitivo
Não que o seja da minha parte
Mas sim dos outros
Que com olhos postos aguardam
Expectantes
Umas palavras quaisquer
Numa ânsia desmedida
De as conhecer
De as beber
E assim pronuncio-as
Finalmente
Mas palavras são apenas isso,
Palavras!
E mal são ditas perdem o significado
Que tinham antes de proferidas
Como se de uma magia qualquer se tratasse
E o poder só existisse enquanto fechado,
Secreto e sacramentado
Depois de ditas
São banais
Vulgares
Iguais
Palavras
São armas de arremesso
Doce afago no coração
São punhais, terrível traição
São desculpas esfarrapadas
Tristes notícias nos dão

Palavras
São tantas vezes enganos
Tanto faz de conta
Tanta falsa emoção
Deixámos há muito de comunicar
Construímos apenas castelos
Mas no lugar das cartas
Fizemo-lo de palavras
Que do mesmo modo tombam
Perante a realidade de uma acção

Palavras deixaram de ser ditas com o coração
Dizemo-las convictos de nada dizer
Sabendo que caminhamos sem direcção

Palavras são escudos de bem parecer
Ocas de significado sem vontade ou lição
E assim as palavras deixaram de ser
O que diferenciava um ser de outro ser

Palavras
São apenas palavras
Desprovidas de valor
Sem significado
Morreram
Solitárias
Na tinta
Apagada e envelhecida
Dos tratados
E condados
Num outro tempo
Noutro lugar
No passado
Adormecidas

"As palavras são prata, mas o silêncio vale ouro." (Provérbios)

A voz do silêncio é a voz de Deus. E falar com Ele é um privilégio maravilhoso acessível a todos nós.

Diz-me tudo o que quiseres... mas não mo digas por palavras.



terça-feira, 20 de julho de 2010

IMORTALIDADE


Graça e Paz!
O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Hebreus 5:7



Alguns séculos antes de nosso Mestre Jesus Cristo ter estado aqui entre nós, viveu em Atenas, um grande filósofo chamado Sócrates.

A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.
Aos setenta e tal anos foi Sócrates condenado à morte, muito embora estivesse inocente.
Enquanto aguardava na cadeia o dia da execução, os seus amigos e discípulos moviam todos os esforços para o preservar da morte.
O condenado, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranquilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.

Na véspera da execução, os seus amigos conseguiram subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.

Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:

- Foge depressa, Sócrates!

- Fugir, por quê? - Perguntou o preso.

- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?

- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!

- Sim, amanhã terás de beber a taça de veneno mortal - insistiu Críton.

- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!

- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim ...

Depois, puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:

- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?

E, batendo com o punho nos ossos do crânio, acrescentou:

- Achas que isto aqui é Sócrates?... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar a MINHA ALMA! ...

E ficou sentado na cadeia, de porta aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo.

No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e o seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:

- Sócrates, onde queres que te enterremos?

Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:

- Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU A MINHA ALMA...

E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.

Porque CONHECIA-SE A SI MESMO, O SEU VERDADEIRO EU DIVINO. ETERNO. IMORTAL..."
Assim somos nós, seres IMORTAIS, pois somos
ALMA,

LUZ,

DIVINOS,

ETERNOS...

Por isso NÃO TEMAS, nem azar, senilidade ou doença te matará, porque nós só morremos, quando somos simplesmente ESQUECIDOS...

Nada, mesmo nada, nem mesmo a morte pode trazer o esquecimento até mim.
Deus Abençoe a todos nesta hora e sempre.


quinta-feira, 8 de julho de 2010

DÚVIDAS

Salmo 139 - 23 e 24: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno."



Não é meu hábito escrever por aqui sobre problemas concretos da minha vida, muito menos deles dar detalhe, por isso só eu e o Mestre sabemos exactamente de que estou a precisar, mas abro uma excepção para dizer que vivo um momento de dúvida. Não, não estou assustado, sou Cristão, aprendi a sentir beleza em não saber onde vou chegar e em não ter certeza do tempo certo para as decisões que tenho que tomar na minha vida. Aprendi também que Deus não se satisfez apenas com nossa existência. Ele quis também que vivêssemos, nos deu livre arbítrio e por isso mesmo Ele permite a existência de dúvidas e incertezas na nossa jornada. De contrário, a vida não seria vivida, mas cumprida, como que seguindo um regulamento, coisa previsível, onde não haveria espaço para a surpresa e subsequentemente para as lágrimas, sorrisos, dor e alegria. Também acho que se Ele me permitisse saber, de antemão, tudo aquilo que me vai acontecer, eu teria simplesmente existido e passado pela vida sem ter vivido, porque viver é experimentar, é vivenciar, é conhecer, é sentir, é sofrer, é suportar, é rir e chorar, é errar, é aprender, é crescer e amadurecer, é surpreender e surpreender-se, é descobrir os outros e descobrir-se. Viver é estar convicto da existência de um elemento novo, ainda que desconhecido, prestes a fazer com que o nosso coração possa bater mais forte, seja de alegria, seja de tristeza. Viver é saber que o amor e a dor podem até passar, mas o coração continua. Viver é continuar seguindo em frente mesmo sem ter certeza de onde se vai chegar e muito embora com a perfeita consciência do que acima escrevi, aqui reside a minha dúvida.



E então, não conheces a tua bússola? Conheço, mas tenho dúvidas se estou no caminho certo.

Tu Senhor és o meu Norte, mostra-me a direcção, porque sem ti tudo é igual, não existe leme, o caminho torna-se descaminho e a verdade, mentira. As tuas promessas demoram-se. Ajuda-me a não deixar de ver beleza na dúvida e que esta não seja nunca transformada em ingratidão, murmúrio e falta de fé.



Para cada escolha uma renúncia... sempre temos que abrir mão de algo que gostamos para aproveitar outras. Ajudem-me a pensar neste momento porque queria muito acertar.



Deus abençoe a todos.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

AMOR CARNAL...

         Graça e Paz

O que mais quero é para sempre equilibrar,


Paixão e amor no mesmo rol das emoções...

Quero de amor à tua vida me enlaçar,

E de paixão me entregar, sem restrições...


Vivem um amor total,

Bandido, leal, vilão...

Mistura de bem e mal,

Nas tramas de um coração...

Podemos pincela-lo com muitas cores, mas o nosso amor é assim... Um viajante do tempo que mescla adoravelmente o passado e o futuro em nosso eterno presente…

Amar é verbo, amor, substantivo. Gramaticalmente.



É simples assim? Sim e não. Simples, mas nem tanto.



Amar é manifestar em pensamentos, palavras e acções o mais expressivo e dignificante dos sentimentos humanos. Amar inclui dedicação, doação, carinho e muitas vezes renúncia.



Amor é, simultaneamente, princípio e fim de tudo isso; o amor consegue ser causa e consequência das acções do verbo amar.

Em si, o amor afectivo e o amor carnal não têm nada de nobre; o homem procura neles a sua própria satisfação; o que enobrece o amor é o carácter espiritual, pelo qual os que se amam aspiram a realizar juntos uma perfeição mais alta e pelo qual aquele que ama pretende o bem do amado. Mas o amor nutre-se, manifesta-se e expande-se no afectivo e no carnal. Um amor puramente espiritual, desligado da carne, é inumano ou sobre-humano. É inumano se se não apoia noutras realidades além das humanas. O homem, considerado em si mesmo e nas condições habituais da sua natureza, está feito para um amor de proporções humanas, e estas exigem que a afectividade e o próprio corpo, nos seus instintos mais profundos, estejam comprometidos no amor. Mas a nobreza e a pureza do amor afectivo e carnal dependem do amor espiritual que manifestam. Não é possível separá-los.

Nem toda a queda é lamentável... Se um dia tiveres que cair, que seja de amor por alguém. É uma queda que vale a pena!

Deus Abençoe a todos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sal da Terra, Fermento e Luz do Mundo


A todos saúdo com Graça e Paz;


( 1 João 3:17-18)


Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?


Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.”

Nos dias de hoje, em que estamos a viver a revolução do fim da era industrial, como a vivida há 200 anos, quando a agricultura deixou de ser a maior fonte de emprego, sendo que agora, a fonte do emprego está a ser na área do conhecimento, confesso que também ando confuso com isto, mas o que acho é que a crise internacional actual é a crise do mercado sem regras, sem valores, que faliu completamente do mesmo modo que caiu o muro de Berlim. O trabalho deveria estar inserido na vida das pessoas de modo a não ofender o sentido dessa mesma vida. Fico perplexo, por ver creches e colégios abertos das sete às vinte horas, para substituírem já não parcialmente como deviam os pais que estão demasiado tempo no trabalho, por isso penso ser legítimo perguntar-me se não estaremos nós a ir atrás de um certo estilo de vida que sacrifica demasiado as pessoas e que não vê a realidade sob o ponto de vista cristão e ético e é isto que me faz reflectir sobre o papel que um Estado Social moderno como o que existe no meu pais deve acautelar.


Em jeito de prólogo quero deixar bem patente que sou um crente com esperança e que apesar toda a crise económica mundial acredito no amanhã e por isso apelo à abertura de boas vontades para que se encorajem novas formas de encontro, de debate e de solidariedade para todos os problemas.


Em Portugal, o Programa de Reinserção Social (Vulgo Rendimento Mínimo) é talvez o mais bem sucedido entre os vários programas sociais criados e continuados pelos últimos governos, destinado a contornar vários problemas endémicos como a má distribuição da riqueza, as deficiências do sistema de ensino, o desemprego estrutural e a baixa qualificação da mão-de-obra do país. Analisando alguns dados disponíveis, eles revelam-nos a enorme abrangência alcançada pelo programa, sobretudo nos subúrbios das grandes áreas metropolitanas de cidades como Lisboa, Porto, Braga e Setúbal.


Criado com o objectivo de permitir às famílias de baixo rendimento uma ajuda para viverem com o mínimo de dignidade, a verdade é que actualmente o Rendimento Mínimo, tornou-se para muitas famílias a única fonte de sustento, por isso essencial e da qual dependem integralmente. O programa de forma geral é bastante elogiado, mas existem muitos críticos, nomeadamente no discurso político, que o acusam de não estar vinculado a outras estratégias que permitam que os beneficiários venham a romper com o ciclo de pobreza. Ainda assim, estes críticos reconhecem que determinadas famílias vivem em condições sociais e económicas tão débeis que não lhes é possível gerarem riqueza para o seu sustento, necessitando desta forma de uma protecção económica do estado. O lado negro desta forma de assistencialismo, é a exploração política de que este tipo de programa é vítima e a acomodação desonesta encontrada entre alguns de seus beneficiários, que simplesmente se adaptaram a esta forma de vida, ainda que tenham condições de gerarem o seu próprio sustento através do seu trabalho. Isto sem falar nos casos de atribuições ilícitas, um tipo de fraude que infelizmente é bastante comum em relação a todos os benefícios prestados pelo estado, contudo, penso que os problemas e os vícios inerentes às prestações sociais por parte do estado não invalidam o exercício desta função. De um ponto de vista moral e humano, enquanto persistirem os problemas estruturais responsáveis pela pobreza, é necessário que o estado continue a prestar esta assistência, como uma forma de minimizar as consequências desta pobreza, como condição de sobrevivência para muitas famílias.


Mas esta questão tem entretanto um lado que não diz respeito ao governo, mas à própria sociedade. Em que medida cada cidadão é também co-responsável no exercício desta função de ajuda? As pessoas de um modo geral estão prontas e mobilizam-se para ajudarem os seus semelhantes em condições atípicas, como no caso de cataclismos naturais, guerras e epidemias. No entanto, no quotidiano, é bastante raro encontrar pessoas dispostas a mitigar o sofrimento de muitos que vivem permanentemente numa situação de calamidade pessoal e de vida indigna.


O cidadão comum convive com a miséria de muitos de seus semelhantes no dia-a-dia, como coisa normal, indiferente ao seu sofrimento e à condição desumana na qual vivem muitas e muitas pessoas. Esta indiferença é alegada em motivos como: - A responsabilidade pela assistência social é do governo, não da sociedade civil. Afinal é para isto que pagos os meus impostos e não quero ajudar a preservar situações sociais irregulares e portanto referendar a inércia do estado; Muitos dos que recebem prestações sociais são pessoas preguiçosas ou desonestas, que tiram proveito desta situação apesar de não terem essa necessidade; Ajudar estas pessoas é fomentar indirectamente o culto à preguiça, ao consumo de álcool e de drogas.


Todas estas objecções a princípio são válidas e baseiam-se em fatos comprovados. Entretanto, elas não justificam, por si só, a recusa do cidadão comum em ajudar o necessitado. Da mesma forma que a existência comprovada de famílias efectivamente carentes justifica a manutenção dos programas sociais do governo; apesar dos vícios decorrentes do mau uso dos seus benefícios, também a existência comprovada de pessoas efectivamente carentes justifica a prestação de assistência individual que lhes é dada, não somente por parte do estado, mas também por iniciativa de cada cidadão. Relegar apenas ao estado a responsabilidade nesta matéria é no mínimo uma demonstração de insensatez e desconhecimento da realidade da máquina administrativa do estado. Está historicamente demonstrado que o estado é incapaz, por si só, de exercer, de modo efectivo, todas as funções sociais que lhe são próprias, apesar dos impostos que de nós recebe.


A questão discutível portanto, é a forma como esta ajuda deve ser prestada. A maioria das pessoas recusa-se, mais por uma questão de comodismo que de ordem prática, a envolver-se directamente com os problemas de sua comunidade, sob a alegação de que este trabalho deve ser exercido apenas por instituições civis devidamente organizadas para isso. As actividades sociais prestadas por tais instituições quando seriamente administradas, são realmente efectivas. Não apenas pela sua abrangência, mas também pela eficiência com que atendem àqueles que delas necessitam. Muitas destas instituições estão voltadas não apenas para remediar situações de carência, mas também para proporcionar meios de reverter situações crónicas de dependência social, através da formação profissional ou de outras estratégias de inclusão.


Entretanto, nem todos os casos de carência humana podem ser encaminhados aos cuidados de instituições sociais. Não é possível, por exemplo, que ao deparar com uma pessoa que encontro na rua e que percebo estar literalmente com fome, eu lhe diga simplesmente para procurar uma ONG ou uma outra instituição qualquer para que lhe dêem uma refeição. Como também não é possível dizer a uma pessoa que está prestes a suicidar-se que aguarde a chegada de um psicólogo. Além disso, as instituições sociais têm limitações no que respeita a recursos financeiros e humanos, que as impossibilitam de atender a todo o volume de pessoas necessitadas existentes numa comunidade.


Caberá sempre portanto, ao cidadão comum, uma parcela de responsabilidade no exercício da ajuda social. Os argumentos comummente alegados para a recusa em assumir esta responsabilidade, acima mencionados, não podem ser entretanto discutidos apenas do ponto de vista político ou social, mas requerem a consideração de princípios Cristãos. Nem sempre é possível, por exemplo, saber se um indivíduo que pede auxílio é realmente carente, ou se é desonesto, ou se é simplesmente preguiçoso. Também não é sempre possível saber se o dinheiro dado como esmola a um jovem ou um adulto não vai ser usado para comprar álcool ou drogas.


A doutrina Cristã afirma o livre arbítrio de cada um e a responsabilidade de cada indivíduo pelos seus actos perante Deus. Por isto, a Palavra afirma que não devemos julgar levianamente a conduta de ninguém e também que a nossa generosidade deve ser incondicional, a ponto de ser estendida até mesmo aos nossos inimigos. Mateus 7:1-2).


1 Não julgueis, para que não sejais julgados.


2 Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão-de medir a vós.


Isto significa que se alguém explora conscientemente a boa fé alheia, ou se faz mau uso de uma ajuda que recebe, ele ou ela prestará contas a Deus por isso, mais cedo ou mais tarde (Romanos 2:5-11).


5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;


6 O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber:


7 A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção;


8 Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade;


9 Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego;


10 Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;


11 Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.

Isto não deve portanto ser empecilho para que eu seja solidário com o meu semelhante, a menos é claro, que eu o conheça e saiba com certeza que ele fará mau uso daquilo que pede. Também o bom senso manda que é preferível oferecer ajuda em bens materiais; roupas, remédios e alimentos, do que em dinheiro. O que faria Jesus se caminhasse hoje por nossas ruas?


A solidariedade cristã é totalmente diversa da solidariedade humanista, pois enquanto esta é exercida por uma questão de responsabilidade social apenas, de forma discriminada, normalmente alardeada publicamente e em geral usada como meio para aplacar uma consciência inquieta; aquela é exercida por amor a Cristo, de forma incondicional, discreta e generosa. A verdadeira solidariedade cristã não discrimina aquele que recebe o benefício e tampouco espera recompensa por aquilo que faz (Lucas 6:33-35).


33 E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo.


34 E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.


35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.

Existem entretanto alguns cristãos que afirmam que não se deve dar esmolas, mas apenas evangelizar, pois o verdadeiro cristão não precisa pedir esmolas. Com efeito, a palavra de Deus afirma que por meio da sua fé, o justo é sustentado pela providência divina e que ainda que venha a enfrentar situações de carência material que não possa solucionar; Deus cuidará, por sua graça e poder, para que sejam supridas todas as suas necessidades (Salmos 34:19; 37:25).


19 Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas


25 Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão.

Entretanto, é preciso lembrar que o não convertido vê as suas carências de uma forma totalmente diversa do cristão, pois ainda não foi espiritualmente restaurado por Deus. O seu coração está endurecido e antes que ele possa render-se à Graça de Deus, é essencial que ele perceba naquele que o evangeliza a misericórdia desse Deus, através da provisão de suas necessidades imediatas (Lucas 12:33).


33 Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói.


Evidentemente, o cristão não tem que sustentar ou ajudar indefinidamente aqueles que batem à sua porta, e que mesmo depois de receberem cuidados e serem apresentados a Cristo, adiam indefinidamente a decisão de lhe entregarem as suas vidas. Muito menos deve o cristão ajudar o impenitente, aquele que declaradamente se recusa a arrepender-se de más condutas e persiste intencionalmente nos mesmos erros.


Assim, o trabalho social praticada por instituições religiosas e pelos cristãos em geral é deveras importante para ser esquecido ou deixado de lado. Lamentável e tristemente constato que, no meio evangélico, o conceito de amor ao próximo geralmente limita-se à evangelização e à intercessão espiritual. Certamente praticamos a principal forma de demonstração de amor ao próximo, ao anunciar o reino de Deus e a urgência da busca da salvação em Cristo, mas, entretanto, não podemos esquecer de que Cristo não exortou apenas a fazer discípulos em todas as nações, mas também a curar os enfermos, a libertar do jugo do mal, a alimentar o faminto e a consolar os aflitos.


O falso cristão, o cristão religioso, cumpre apenas os preceitos da sua igreja, pode até frequentar fielmente os cultos e participar em campanhas evangélicas, mas, se se esquecer de estender a mão para o seu semelhante, ou ignora o clamor daqueles que clamam por auxílio todos os dias, nos hospitais, nos asilos, nas cadeias, nas creches e até mesmo na casa ao lado da sua . . .


A actividade de ajuda social pode e deve ser exercida pela igreja, tanto enquanto instituição como individualmente, por cada um de seus membros, pois ela é a comprovação prática de obediência ao evangelho de Cristo. Jesus ilustra, através da parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:30-37), a forma pela qual deve ser posto em prática o mandamento divino do amor ao próximo.


30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.


31 E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.


32 E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.


33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;


34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;


35 E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.


36 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?


37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.

Por este motivo, a ajuda social quando praticada pela igreja ou pelo cristão, é uma porta pela qual muitos ouvem o chamado de Deus e se convertem, exactamente pelo fato de que o não convertido percebe, através dela, que aquele que prega o amor de Deus demonstra, em sua vida, que a sua fé é autêntica e que ele pratica aquilo que prega.


Caríssimos, o Cristão tem que ser tão diferente de homens incrédulos, como Jesus o foi claramente diferente das pessoas do mundo naquela época. O crente tem que ser como que uma espécie separada, inigualável, destacada do eu. Nele deve existir alguma coisa que o distinga de todas as outras pessoas, alguma coisa que possa ser patente e inequivocamente reconhecida pelos outros, pois só assim poderá ser o Sal da Terra, o Fermento e a Luz do Mundo.

Deus Abençoe a todos





quarta-feira, 21 de abril de 2010

Deus Criou o Mal? E o mal... existe?



Graça e Paz;



Numa sala de aulas, um professor ateu desafiou os alunos com a seguinte pergunta:


- Vocês acham que foi Deus quem fez tudo o que existe?


Um dos estudantes levantou-se e corajosamente respondeu:


- Sim, fez! Claro, Deus fez todas as coisas!


O professor replicou:


- Então se Deus fez todas as coisas, então Deus também fez o mal, porque o mal existe e considerando-se que as nossas acções são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau.


O estudante calou-se diante de tal argumento e o professor, feliz, vangloriava-se de ter provado uma vez mais que a Fé é um mito.


De imediato, outro estudante levantou a mão e disse:


- Posso-lhe fazer uma pergunta Professor?


- Claro, pergunte.


O jovem levantou-se e perguntou-lhe:


- Professor, o frio existe?


- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, por acaso nunca sentiste frio?


O rapaz respondeu:


- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo o corpo ou objecto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.


- E a escuridão, existe? - Continuou o estudante.


O professor respondeu:


- Mas é claro que sim.


O estudante respondeu:


- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é verdade? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando a luz não está presente.


Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:


- Diga, professor, o mal existe?


Ele respondeu:


- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo e não tenho quaisquer dúvidas que essas coisas são o mal.


Então o estudante respondeu:


- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus.


Deus não criou o mal.


Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente nos seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."






Gostava que reflectissem sobre o tema e o comentassem porque o vosso comentário vale ouro.


Deus Abençoe a todos agora e sempre;



quarta-feira, 31 de março de 2010

Cabaz de Páscoa

Graça e Paz


A todos os Companheiros de Jornada envio uma Cabaz de Páscoa, onde encontrarão muitos desejos para o Amor e para a Felicidade, para a Saúde e para a Prosperidade, para a Sabedoria e para o Conhecimento, e também porque não para o prazer da vida e para um bom relaxamento físico.
Desejo a todos vocês, saúde, felicidades, alegria, equilíbrio, harmonia e que consigam ir além das etapas ordinárias e descubram resultados extraordinários.
Desejo também que continuem a tentar alcançar as vossas estrelas. Que realizem os vossos sonhos.
Que reconheçam em cada desafio uma nova oportunidade, e sejam abençoados com o conhecimento de que tem a habilidade para fazer cada dia um dia especial.
Desejo também que tenham o bastante para atender a todas as vossas necessidades, e nunca se esqueçam que o Tesouro Real da vida é o Amor.
Também desejo que Agradeçam a Deus, do fundo do coração, com um sorriso interno de tal forma intenso que todos consigam ver... A Ressurreição do Mundo.
Pois ainda não entendiam a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos... (João 20:9).


Uma Páscoa Feliz para todos Vós


Abraço Fraterno

terça-feira, 30 de março de 2010

Juntando os Cacos










A Todos Saudo com Graça e Paz;

Acho que sempre costuma ser assim: Chegamos doentes por dentro, sedentos por companhia, conversa amiga e falta de carinho. Vimos sempre quebrados. Quebrados em caquinhos minúsculos do que um dia foram sonhos e crenças de uma boa vida de costumes.



Encontramos o Mestre e pedimos conserto. Não com palavras, mas com tudo que não fala de modo audível. Clamores. Isso: Clamores.


É claro que resistimos ao início de cada conserto, porque a cada junção dos cacos acabamos por nos quebrar mais um pouco. Cada vez um pouco mais, até não sentir nada.


E chegamos. Vimos fortes de fraqueza lúcida, caídos sobre um corpo exausto que cada vez mais se acostuma e sujeita a acolher só para o conserto. Mas não era isso que eu queria? Não era isso? Era mais. Mas sempre o que se espera acaba por tornar-se surpreendente, mutado e depois morto. Nesses casos a gente esquece o que esperava e se contenta com o que ganhou.


Nem sempre vimos na intenção de ficar, mas por vezes nos sentimos tão bem no conserto dos cacos que nos envolvemos até ao café da manhã de muitas manhãs. Mas é só o tempo de nos sentirmos curados e nos vamos. Assim como todos, como nenhuns. Estamos em cacos: Vimos e Vamos pensando que estamos sãos.


Há um tempo em que o nosso auto diagnóstico nos considera sãos, é aí que nos vamos…, vamos…, vamos… e vamos e depois de um tempo em que batemos com as fuças no chão, voltamos para uma visita ao mestre, como que de uma manutenção de cura se tratasse. Oh, Céus! Como devemos estar agradecidos tanto por tudo, pelos conselhos, pelos puxões de orelhas, pelas noites quentes. Pela cura. Todos seremos consertados e assim sendo eu serei um.


Aos poucos, temos que ir juntando as partes que podem sem reconstruídas. Sei, não é uma tarefa fácil porque há pedaços que não existem mais, perderam-se pelo caminho da vida ou mesmo em momentos posteriores aos nossos autos diagnósticos, mas cá estou eu, junto do Oleiro, na oficina, repleta de cortinas de seda e abajures cor de carne. Voltei de vez, não quero ir mais embora, hoje tento juntar os meus cacos.


Fomos escolhidos e inseridos na amizade de Jesus Cristo (João 15.14), incluídos na aliança entre o Pai e o nosso fiador. Ele jamais se esquece disso! À semelhança da obra da arte com os cacos, Deus age com a nossa vida: Ele reorganiza uma vida destroçada e inútil. Sob os cuidados de Cristo nossa vida adquire uma identidade nova.

Deus Abençoe a Todos.









quinta-feira, 18 de março de 2010

Algumas Igrejas Evangélicas no meu pais.

A todos saúdo com Graça e Paz.



É com alegria no coração mas também com preocupação que vejo as Igrejas Evangélicas em pleno crescimento no mundo e no meu pais, isto porque algumas não as vejo como seria do meu agrado a pregar como deviam a pura e verdadeira Palavra de Deus, (segundo o meu parco entendimento claro está). Criam-se e pregam-se doutrinas que mais não são que conceitos heréticos que facilmente atraem pessoas para as igrejas, mas por certo não as levam para Deus.


Nos últimos tempos, devido a algumas alterações no meu quotidiano diário, tenho tido mais tempo que o habitual para pesquisar, estudar, meditar e buscar entendimento sobre a Palavra e acreditem que chego a ficar estupefacto ao encontrar em algumas Igrejas Evangélicas (ditas Evangélicas), teologias ou pseudoteologias como “ A teologia da prosperidade material”, “A teologia das novas unções”, ou como “ unção do riso”, “unção do leão” e tantas outras coisas patetas que querem fazer com o Espírito Santo.


Não quero passar a ideia de ser contra a teologia da prosperidade. Claro que Deus quer que seus filhos prosperem também na vida financeira, no entanto, este não deve ser o alvo principal do verdadeiro cristão e quando os lideres usam este discurso para a atracção à Igreja, pior ainda. "O amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se trespassaram a si mesmos com muitas dores" (1TM 6:10)


Na minha opinião, se Jesus voltasse hoje penso que seria uma profunda decepção para a maioria das pessoas que estão nas Igrejas evangélicas, porque de facto, tal qual eu, não vejo que estejamos preparados para subir com Ele.


Me perdoem, mas olhando-me a mim mesmo e ao meu redor o que vejo são homens, mulheres e também Igrejas querendo e comprando coisas, coisas e mais coisas, edifícios, casas, automóveis, roupas de marca, plasmas, satélites e até estações de Televisão e Rádio, etc… etc… para tão-somente nos promovermos a nós próprios ou as Igrejas em si mesmas. O que sinto e vejo é uma busca de satisfação de interesses próprios e a não preparação dos seus membros para viverem a eternidade com Cristo. Me perdoem mas não vejo as igrejas falarem sobre santificação, as mesmas tem como foco principal o ter e não o ser e assim sendo muitos serão deixados para trás. "Sem a santificação ninguém verá a Deus" (HB 12:14), prefaciando o meu Querido companheiro de Blog e que eu sempre leio com apreço, Gilberto Di Santi Junior, o tempo actual é o de receitar remédios bíblicos: - Quer ter Paz?, Está sendo perseguido? Tome uma dose de Salmo 91. Não quer ter sofrimento? Tome uma dose de manha e outra a noite do livro de Jó.


Caríssimos, “Jesus é o mesmo de Ontem de Hoje e Eternamente”, por isso mesmo penso que o Evangelho de Jesus Cristo deve ser pregado de maneira pura e simples como ele é. Por isso mesmo, da mesma forma que não aceito obstinarismos, também não aceito os modernismos do evangelho, a minha apologia vai para o amor, para a verdade e para a simplicidade da nossa maneira de viver, tanto dentro da igreja como fora dela.


Deus abençoe a todos

sábado, 13 de março de 2010

CONFIANÇA

A todos saúdo com Graça e Paz.


Salmos 56 - 4


Em Deus louvarei a sua palavra, em Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne.

Esta Palavra apresenta uma luta estranha no coração do salmista. “Nada temerei”, declara ousadamente. Mas no verso anterior ele diz:
3 - Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti.
Afinal de contas, Davi está ou não com medo? Penso que a resposta é: Está e não está. Ele era um ser humano. A sua mente via a iminência do perigo e por isso temia. Não era tão néscio para fazer de conta que tudo estava bem, quando não estava. A fé não deve levar ninguém a desafiar o perigo. Se o fizermos, caímos na presunção.


Creio que na mente do salmista acontecia algo dramático. O medo instintivo o assaltava, mas não o dominava. “Em Deus ponho minha confiança”, declara ele. Num determinado momento, o medo e a confiança se agarravam numa luta corporal pelo controle da sua mente.


Pois é… Todos os dias acontece o mesmo comigo, connosco. Sabemos que podemos confiar. O Senhor nos tem dado abundantes provas de Seu amor protector. Queremos confiar, mas o temor parece mais forte do que as próprias forças.


Existem muitos momentos em que nos sentimos confusos e por via disso respondemos de modo estranho aos desafios que a vida nos apresenta.


Por que acontece isso connosco? Talvez porque ainda não descobrimos o segredo que Davi descobriu. “Em Deus, louvarei a sua palavra” (Sal. 56:4), afirma ele. O destaque nessa frase é a Palavra de Deus. Ela é eterna. Não falha. É confiável.

Isaías 40 - 8 Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.
Todo aquele que conhece a Palavra de Deus, confia Nele. A fé não cresce de forma mística, romântica ou filosófica. É um crescimento concreto e prático. Vem... pela palavra de Cristo.” Rom. 10:17.
O resultado final de confiar em Deus e na Sua Palavra é dizer como Davi: “Que me pode fazer um mortal?” Sal. 56:4.
Portanto, hoje, parto para a luta da vida confiando nas promessas divinas. Haverá pedras no caminho, com certeza, mas terei a orientação oportuna de Deus para passar por cima das dificuldades.


Assim eu digo: Em Deus, cuja Palavra eu exalto, ponho a minha confiança e não temerei. “Que me pode fazer um mortal?”!


Mas não esqueça que a fé não deve levar ninguém a desafiar o perigo.





Deus Abençoe a todos nesta noite.



segunda-feira, 8 de março de 2010

A TODAS VÓS...

A Todas Saudo com Graça e Paz!

Gn. 2) 18 - O SENHOR Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.»



21- Então, o SENHOR Deus fez cair sobre o homem um sono profundo; e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne.


22 - Da costela que retirara do homem, o SENHOR Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem.


23 - Então, o homem exclamou: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!»


24 - Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne.


Mulher;



Se eu for ao mar chorar por ti,


Se eu for ao mar de manto negro,


Talvez o mar perceba o que senti,


Talvez o mar entenda o meu segredo…



Mulher;


Se nesse mar eu me perder um dia,


Se mergulhar nesse teu sal sem fim,


Talvez possa encontrar o que queria,


Talvez descubra o mar dentro de mim…



Mulher;


E nesta condição de ser, no cais,


Mulher e mãe e filha e companheira,


Talvez o próprio mar me queira mais…



Mulher;


Se um dia for ao mar contar quem sou,


Talvez o mar, em mágoa verdadeira,


Chore comigo e abrace a minha dor…



A ti Meu Deus, Bem-haja!




A ti mulher, Bem-haja!


Bem-haja, Aquela que me teve e criou…


E a Ti…


Aquelas a quem amei…


E a ti…


Aquelas que me amaram…


E a ti…


Ás que me encantaram…


E as que me fizeram cantar de felicidade…


E a ti…


Ás que me deram o colo…


E a ti…


Ás que ouviram os meus desabafos…


Ás que me escolheram para desabafar…


E a ti…


Aquelas me levaram ao sonho…


Aquelas com quem sonhei…


E a ti…


A ti… bússola que me guia!


A ti… meu Norte, meu Sul e minha vida!


A ti… que espero ver sempre quando abro os olhos pela manhã!


A ti… que és razão dos meus olhos e das manhãs!


A todas Vós…

Obrigado por existirem na minha vida!!!